segunda-feira, 25 de abril de 2011

Apagão em Dose Cavalar

Escrever para mim é um passatempo prazeroso. Entretanto, nos dias em que estou meio down, não consigo escrever nada. Ontem foi um desses dias. Fiquei várias horas em frente à tela do computador, tentando encontrar uma simples ideia para registrar, mas ela insistia em não dar o ar da graça. A  palavra, também, resolveu me boicotar. Fugiu e se  embrenhou no labirinto dos meus miolos, deixando claro que não estava  a fim de conversa.  Resultado: Lá estávamos os três, empacados.

Eu culpava a palavra que não se manifestava para eu escrever. A palavra culpava a ideia... dizia que sem ela, não poderia se expressar. E a ideia me culpava, alegando  o meu baixo astral... e agora, José? Cheguei a pensar em copiar um belo texto de Veríssimo, mas... pensei: Será que isso não vai piorar a situação? Eu posso, além de me sentir incompetente, me envergonhar pela apropriação da palavra alheia.

Outra saída que me veio à mente, foi ligar a televisão, na esperança de que algum programa pudesse desencadear uma brilhante ideia. Ledo engano...foi pior. A programação era tão ruim, sem conteúdo, que me deixou ainda mais pra baixo.

O bloqueio mental já era um paredão de cimento armado. A ideia não dava as caras; a palavra cada vez mais se perdia no emaranhado de neurônios; e o tempo não perdoava.

Só me restou uma solução drástica: Abrir uma garrafa de uísque escocês e beber algumas doses. Com isso, pensei...o meu astral subirá, a ideia surgirá como um raio de sol na linha do horizonte e a palavra
 pulará feito pipoca.

O tiro saiu pela culatra. Depois de várias doses, eu não me lembrava do que estava fazendo; a ideia...totalmente apagada e a palavra...uma engolindo a outra.





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